Blog de Notícias e Esporte

Artigos, postagens e notícias.

A influência destrutiva de Wilhelm Reich, pai da revolução sexual

Na década de 1920, ele cunhou o termo “revolução sexual”, assim como escreveu sobre a ativação da política sexual para fins revolucionários — o que ele chamou de “sex-pol” [políticas do sexo]. Embora o pensamento de Reich, mesmo em seu melhor, seja de valor duvidoso, e o próprio homem tenha descido à loucura, suas ideias sobre resgatar o “funcionamento genital infantil e puberal” da “regulação sexual ruinosa de nossa sociedade” têm sido incrivelmente influentes. A sexualidade na terceira idade é um tema importante e muitas vezes negligenciado. As pessoas idosas também têm desejos, necessidades e direito à vida sexual ativa e prazerosa. A sexologia geriátrica é uma área específica da sexologia que se dedica ao estudo e ao acompanhamento da sexualidade na terceira idade, visando promover a saúde sexual e o bem-estar dos idosos. A educação sexual é fundamental para promover uma sexualidade saudável e responsável.

Inadequação

É comum identificar traços do patriarcado nas análises propostas por Freud, uma vez que as normas sociais vigentes na Viena do século 20 sobredeterminaram a subjetivação da sexualidade. Não à toa, os temas do amor, sexualidade e feminilidade são entrelaçados e situados no tempo, cultura, aspectos históricos, crenças e inclinações pessoais de seu teórico. São, portanto, sujeitos à revisão contínua e correções, tal como fazia o neurologista. Como parte de seus esforços para desconectar o sexo do casamento e da procriação, e vinculado à libertação da sexualidade adolescente, Reich se tornou um defensor zeloso da contracepção e do aborto — ideias radicais até mesmo nos círculos psiquiátricos da época. Ele regularmente organizava abortos para suas pacientes, e ele forçava abortos para suas muitas amantes, amantes, esposas e pacientes, que frequentemente eram a mesma pessoa. Uma das jovens namoradas-pacientes de Reich morreu depois que ele a pressionou a fazer um aborto.

Os livros foram veementemente rechaçados e o financiamento da fundação não foi renovado. Já o editorial do Newark Star-Ledger afirmou que Kinsey havia lançado uma bomba que “cai em cheio sobre todas as estruturas da moralidade sexual”. O editorial do Jersey Journal declarou que “o Dr. Alfred C. Kinsey lançou uma bomba atômica, projetada para destruir o que ainda resta de moralidade sexual nos Estados Unidos”. Os que publicaram notas refletiram a profunda polarização de opiniões existente no país. A lição do primeiro livro foi aprendida e, desta vez, os repórteres receberam cópias do estudo antes do lançamento.

Introdução

Em seu texto intitulado A vida sexual, cujo Prólogo confronta o neurologista português com a psicanálise de Freud, Egas Moniz revela um espírito científico ímpar alicerçado na assimilação atenta e crítica das grandes lições dos pioneiros da sexologia, tais como Krafft-Ebing, Moll e Freud. Nesse texto o autor visa atrair a atenção dos psicólogos e dos neuropatologistas para a teoria freudiana, partilhando os resultados da investigação psicanalítica que adquiriu diretamente pela leitura aprofundada da obra de Freud. Esse médico possuía um material clínico suficiente para propor uma tipologia diferencial da homossexualidade masculina, nomeadamente, a dicotomia masculino-feminino, as atividades e preferências sexuais, as ocupações profissionais atípicas, a sexualidade infantil etc. O paradigma pós-moderno advoga a tese de que a sexualidade nasce e permanece diversa e sem lei. Muitos filósofos pós-modernos rejeitam que o primado da diferença anatômica entre os sexos, da fantasia infantil da castração e da ficção que atribui ao pai a interdição do incesto fundem o desejo inconsciente graças ao recalque da sexualidade autoerótica.

Paradoxalmente, embora o desmentido (Coelho dos Santos, 2016) da dimensão real, natural, biológica do corpo avance de maneira cada vez mais desmedida, não faltam indivíduos dos diversos matizes sexuais que querem se casar, constituir uma família e criar filhos. Estes desejos e comportamentos, para muitos indivíduos, descolaram-se das estruturas elementares do parentesco que interditam as relações endogâmicas. O paradigma pós-moderno refuta, condena e desacredita a herança religiosa que ao longo dos séculos foi transmitida de uma geração à outra, consolidando tais estruturas, que podem estar em vias de extinção.

O campo do Direito é o que se vê mais mobilizado, talvez, pelas mudanças nos costumes que os movimentos LGBT+ exige transformar em alterações nas leis. Mas, também os psicanalistas se vêm acossados pelas críticas desse grupo que questiona a autoridade da experiência clínica no campo da sexualidade e acredita que seus paradigmas não passam de preconceitos herdados da tradição patriarcal. Identificam, sem nenhum pejo epistêmico, a estrutura das relações elementares do parentesco (herança que é relativa às bases de toda civilização e que emana dos textos sagrados) com os costumes mais ou menos patriarcais que a elas se associam ao longo dos séculos. Seus trabalhos científicos referentes à angiografia cerebral e à leucotomia pré-frontal, pela abundância e novidade da informação, constituem os que mais interesse têm despertado nos estudiosos de sua obra. As diversas críticas apontadas a esses estudos parecem assombrar a obra revolucionária desse neurocirurgião no campo da psicopatologia.

Os 25 livros mais vendidos de 2024 na Amazon; veja ranking

A ignorância fica protegida pelo saber místico que atribui ao mágico a solução das diferenças. Ocorrem tanto as formas transexual de homem a mulher quanto transexual de mulher a homem, apesar de o primeiro ser muito mais frequente (possui corpo masculino, mas percebe-se como feminino). A sexologia também toca questões mais amplas, como o conceito de saúde sexual,[1] aborto, saúde pública, controle de natalidade, abuso sexual, entre outros. Kinsey também concluiu que mais de três quartos dos homens entrevistados haviam tido relações sexuais antes do casamento; que um terço deles tinha relações extramatrimoniais; e 37% tiveram pelo menos uma experiência homossexual. Seu trabalho neste campo o tornaria uma das figuras mais controversas do seu tempo. Kinsey estudou a vida sexual de mais de 11 mil americanos e revelou tudo o que, até então, era omitido em público sobre os hábitos sexuais do país.

“Daí em diante, tive relações sexuais quase todos os dias durante anos — sempre à tarde, quando meus pais estavam tirando uma soneca.” Aos 15, ele começou a frequentar o bordel local. Há um século, a política sexual começou como uma frente ativa do marxismo cultural. A educação sexual e a consciência sexual foram projetadas para libertar a libido da “repressão burguesa”.

De fato, com apenas 27 anos e em fase de provas de doutoramento, atreveu-se a abordar um tema incômodo para a universidade, estudando, contra a opinião dos seus mestres, questões polêmicas como a homossexualidade, a prostituição etc. Sua tese, publicada sob a forma de um livro, tornou-se um verdadeiro êxito editorial, pois dele existem 19 edições que foram atualizadas à luz de novos conhecimentos, entre outros o da psicanálise. Reputado enquanto sexólogo, Egas Moniz mostrou desde 1922 um vivo interesse pelo estudo da sexualidade, em suas diferentes dimensões, e da hipnose. O desenvolvimento, por Egas Moniz, da angiografia cerebral (1927) constituiu, na primeira metade do século XX, um progresso decisivo no campo da imagiologia cerebral. A invenção desse método, então revolucionário, de diagnóstico de várias doenças endocranianas – como neoplasias, hemorragias, aneurismas, malformações vasculares congênitas – valeu-lhe a atribuição do Prêmio de Oslo em 1945. Ainda que tenha sido recebida com muitas reservas, essa técnica foi largamente utilizada em todo o mundo nas décadas seguintes, em particular nos Estados Unidos, chegando ao Brasil já em 1936 por intermédio do neurologista Aloysio Mattos Pimenta.

Há pouco mais de um século, Sigmund Freud, chocava a sociedade com a sua teoria do desenvolvimento psicossexual. Numa época onde as crianças eram símbolo da pureza, onde não participavam nem Xvideos de assuntos familiares considerados para adultos. Freud afirmava que a sexualidade humana começava seu desenvolvimento a partir do nascimento.

Quem é o pai da sexologia?

A sexualidade em Freud, exaustivamente debatida lança luz sobre a inutilidade do reescrever, redebater, reelaborar. Para Freud a sexualidade marcava algo de soberano e o que ele denuciava então era o mal estar diante da diferença, da dúvida. Lacan continua com a não certeza, a não toda verdade contida na sexualidade e marcada pela linguagem, instaladora de gozo. A unidade e a diferença constituintes para o Simbólico marcam e se colocam como as fontes de sexualidade apontadas por Freud e desenvolvidas por Lacan.

De Freud a Kinsey, a sexualidade sempre foi tema polêmico e instigante, mas o que não podemos desprezar é a necessidade de cada vez mais falarmos sobre essa temática sem fazer juízo de valor de pessoas, condutas, orientações ou opções. O respeito deverá sempre estar impresso em nossa postura enquanto seres sociais que somos, mas o preconceito e os tabus devem ser banidos de nossas discussões, para que juntos possamos cada um a sua maneira, nos conhecermos e buscarmos nossa realização sexual. É importante afirmar também que, para Freud, todas as pessoas são capazes de possuir fantasias sexuais.

Foi quando chegou o livro que dizia que essas mulheres maravilhosas se masturbavam e, às vezes, eram infiéis. Este desafio para os pais, profissionais da saúde e para o clero era “fornecer informações adequadas sobre este tema proibido, para que a geração mais jovem possa aprender sobre o sexo sem hipocrisia e sem as conotações imorais proporcionadas em conversas de fontes desinformadas”. Mas o jornal The Patriot, de Harrisburg, na Pensilvânia, declarou que “Kinsey representa um desafio para todos os que mantiveram uma posição perigosamente reservada sobre o ensinamento das relações sexuais”. Além disso, 50% das mulheres haviam tido sexo antes do casamento e cerca de 10% das noivas estavam grávidas no dia das núpcias. Ele revelou, por exemplo, que 25% das esposas entrevistadas cometiam adultério e que, no casamento, cerca de um terço das mulheres nunca havia tido um clímax sexual, ao contrário de praticamente todos os homens. “Para nós, foi espetacular, pois éramos todos realmente muito ignorantes”, contou a aluna Alice Blinkley no documentário televisivo da BBC Alfred Kinsey, the man who invented modern sex (“Alfred Kinsey, o homem que inventou o sexo moderno”, em tradução livre), de 1996.