Cientistas reconstituem imagem de ‘primeira flor do planeta’
É a primeira vez que uma pesquisa tem uma teoria sólida sobre como era a primeira flor do mundo. A brasileira faz parte da equipe de especialistas em biologia e meio ambiente de diversos países que participaram do estudo. “Por exemplo, nós não sabemos com certeza se a flor mais velha de todas era bissexuada ou monossexuada ou se ela era polinizada por insetos ou pelo vento.” “De acordo com trabalhos anteriores, provavelmente era uma pequena árvore ou arbusto”, acrescentou.
O cientista ambiental Jonathan Barichivich, do Laboratório de Ciências Climáticas e Ambientais em Paris, na França, estima que a árvore mais antiga do planeta tenha 5.400 anos e seja a conífera Fitzroya cupressoides. No terceiro dia da criação, Deus fez toda a vegetação, todas as plantas, sementes, árvores e frutas. Jason Hilton, da Universidade de Birmingham, que não estava envolvido no estudo, diz que “a estrutura e organização da flor ‘ancestral’ ainda é um enigma”. Em 1879, o cientista Charles Darwin descreveu o rápido aumento e diversificação das flores durante a era geológica do Cretáceo como um “abominável mistério”. Os pesquisadores ainda não sabem a cor da flor, o seu cheiro, ou seu tamanho – que provavelmente era menor que um centímetro de diâmetro.
No mesmo dia saíu um artigo destes investigadores sobre a descoberta na conhecida revista de referência mundial “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS). Ela não existe atualmente, mas acredita-se que tenha características semelhantes à magnólia, mas de tamanho menor e com mais de dez tépalas (peça floral). A evolução das plantas ocorreu através de níveis de complexidade sucessivamente mais complexos, desde os primitivos tapetes de algas, passando pelos briófitos, licópodes, fetos (samambaias) e gimnospérmicas, até às complexas angiospérmicas da actualidade.
Flor tinha órgãos reprodutores masculinos e femininos no centro, cercados por múltiplas camadas de ‘espirais’.
A primeira flor a aparecer no longo do caminho da evolução vegetal, durante a época dos dinossauros, era uma hermafrodita com órgãos em forma de pétala dispostos em círculos concêntricos, disseram pesquisadores nesta segunda-feira (31). Surge agora uma nova reconstituição de como seria essa primeira flor de há cerca de 140 milhões de anos e, com ela, novas interrogações. Além disso, como a maioria das angiospermas vivas hoje em dia, a flor ancestral possui tanto a estrutura reprodutiva feminina quanto masculina, o que facilita a polinização e, consequentemente, a reprodução. As esponjas podem ser a forma de vida animal mais antiga do planeta, segundo cientistas do Canadá. Eles descobriram, no noroeste do país, fósseis desses animais que teriam vivido nos oceanos há 890 milhões de anos.
Quais foram os primeiros seres vivos a colonizar o ambiente de terra firme?
Os fósseis mais antigos conhecidos de plantas com flores datam de cerca de 140 milhões de anos atrás – durante a era dos dinossauros, que foram extintos há cerca de 66 milhões de anos. As algas verdes primitivas nepenthes como cuidar foram os primeiros organismos a colonizar a terra firme. Com base nestas informações, descreva as características que permitiram às algas primitivas colonizarem e sobreviverem em ambiente terrestre.
Como era o planeta antes do surgimento da vida?
Mas a rainha de todas estas reconstituições é a da flor ancestral a que foi atribuída a cor branca. Esta flor é apresentada como bissexual, porque tinha partes femininas (carpelos) e masculinas (estames). E ainda tinha vários verticilos (círculos concêntricos) de órgãos petalóides, que estão dispostos em grupos de três. Ou seja, “é bastante crível que a informação patente no comunicado da Universidade de Indiana venha a contribuir para atrair financiamento para alguns projectos de investigação em França, Espanha e EUA”. Mário Mendes acrescenta que “os paleobotânicos acharam muito estranho que uma informação desta natureza não estivesse mencionada no artigo da PNAS – nem poderia – e surgisse num comunicado amplamente difundido pelas redes sociais”. O investigador diz que não gosta de fazer comparações, porque cada publicação tem o seu valor científico, “mas o trabalho publicado na GRANA está a ter um enorme impacto no seio da comunidade científica internacional”.
Dois grupos internacionais de investigação, um deles com um cientista português, estão a disputar a autoria da descoberta do fóssil da primeira flor do planeta. A identificação da planta desta flor já foi objeto da publicação recente de dois artigos científicos em revistas de referência internacional. As flores podem ser monossexuadas ou bissexuadas – no caso, este estudo pressupõe uma flor ancestral bissexuada com órgãos masculinos e femininos. A flor ancestral – recriada em um modelo 3D – é composta de órgãos em forma de pétala dispostos, em conjunto de três, por camadas sobrepostas, com órgãos reprodutores masculinos e femininos no centro. A pesquisa foi divulgada na publicação científica Nature Communications e envolveu cientistas da Universidade do Sul de Paris, que combinaram modelos da evolução das flores com o maior arquivo de dados sobre características de flores que existem hoje. A equipe combinou dados de DNA e uma vasta literatura sobre características de plantas para compilar uma árvore evolutiva detalhada que voltava até o último antepassado comum.
“Este estudo resulta de um esforço internacional inédito para combinar informação sobre a estrutura das plantas com a última informação sobre a árvore evolutiva de plantas com flor com base no ADN”, refere um comunicado da Universidade de Viena (Áustria), envolvida no estudo. O trabalho foi feito usando modelos matemáticos e uma base de dados sobre as características morfológicas das flores de todo o mundo. É que os fósseis confirmados das plantas mais antigas não têm mais do que 130 milhões de anos.
Por isso, há constantemente em Portugal cientistas de outros países, em especial da Europa, a fazer investigação nesta área, porque o nosso país tem um património fóssil “muito grande, que é o mais antigo do mundo”. Numa jazida em Torres Vedras, a equipa a que pertence o investigador português encontrou restos das angiospérmicas “mais antigas do mundo, com cerca de 130 milhões de anos, onde foram identificados diversos pólenes anteriores aos das “Montsechia vidalii” identificadas em Espanha”. A equipa de cientistas identificou mais de 1000 fósseis de angiospérmicas, as primeiras plantas com flor, e descobriu que tinham 125 a 130 milhões de anos de idade. Eram plantas aquáticas a que chamaram “Montsechia vidalii”, “que cresceram abundantemente em lagos de água doce naquelas que são hoje as regiões montanhosas de Espanha”, explicava o comunicado.
